domingo, 21 de junho de 2009

Física da paixão física

Sinto a atração dos nossos corpos
Estremeço à sensação desses momentos tão nossos
E a estrema força inercial, do meu corpo no teu, aplicada
Zera a elasticidade da energia gerada
Amor gerando calor, calor gerado pelo atrito
Amor gerando ardor, na aceleração descompassada do meu coração; lindo teu corpo desinibido
Amor gerando amor, reação da ação do sentimento, que de todos é o mais bonito
Amor gerando paixão, paixão gerando atrito, atrito gerando calor, calor afagando a dor da futura separação do que é propriamente físico, ainda que entre nós a atração seja maior que o maior amor infinito

Gideon Neto

Alquimia do amor platônico

“Seria trágico, não fosse cômico”

Meu coração mergulhado nos amores a mim dados; em meio hipotônico

E o alquimista do amor, irônico, aguardando que o excesso de amor escapasse; inútil, inútil e platônico

E a espera contínua da reação, mesmo que a nível atômico, fez-se completa, no eterno ticktackear do relógio anacrônico

E a anomalia perdurava, perdurava no ambiente anômalo do meu coração, do qual saia um grito iônico

Evidenciando o desequilíbrio estático; eu, atônito

Evidenciando o egoísmo do meu coração, que não compartilha o segredo do prazer de mais amar que ser amado

Gideon Neto